A prática de ciclismo por pessoas com deficiência teve início na década de 1980. Inicialmente apenas competiam atletas com deficiência visual. O Ciclismo foi incluído no programa oficial dos Jogos Paralímpicos de 1984 em Los Angeles.

Todas as deficiências participam nesta modalidade.

As regras estão de acordo com as da União de Ciclismo Internacional (UCI), mas com pequenas alterações relativas à segurança e classificação dos atletas. As bicicletas podem ser de modelos convencionais ou triciclos para a paralisia cerebral, segundo o grau de lesão; handbikes (bicicleta impulsionada com as mãos) para os atletas que necessitam de cadeiras de rodas; tandem (bicicleta dupla) no caso de ciclistas com deficiência visual, pela necessidade de terem um guia no banco da frente que dá a direção. As provas em que participam são de velódromo, estrada e contrarrelógio.

No ciclismo os atletas são classificados de acordo com a área de deficiência e funcionalidade.

Handbike – Os atletas que utilizam a handbike são identificados pela letra H e classificados de 1 a 5. Atletas classificados com H1 são os que têm maior comprometimento motor. Nesta classe competem atletas sem funcionalidade ao nível do tronco e membros inferiores e com funcionalidade reduzida nos membros superiores. Os atletas classificados com H5 têm menor comprometimento motor. Nesta classe os atletas usam os joelhos como base de apoio, utilizando também o tronco para movimentar a handbike.

Triciclo – Os atletas que utilizam o triciclo são identificados pela letra T e classificados de 1 a 2. Nestas classes competem atletas cujo equilíbrio e coordenação está bastante afetado. A classe T1 abrange os atletas com problemas mais significativos no que diz respeito à coordenação, força e equilíbrio relativamente aos atletas classificados como T2.

Bicicleta – Para os atletas capazes de utilizarem uma bicicleta existem 5 classes identificadas pela letra C. Nestas classes competem atletas com amputações, comprometimentos ao nível da força muscular e amplitude de movimento, atletas com ataxia ou atetose, cujo equilíbrio está afetado. Atletas classificados como C1 são os que apresentam maior severidade.

Tandem – Atletas com deficiência visual. Nas competições de Tandem as classes B1, B2 e B3 competem em conjunto.
• B1 – Acuidade visual é mais baixa do que o LogMAR 2.6.;
• B2 – Acuidade visual entre LogMAR 1.5 a 2.6 (inclusive) e/ou campo visual restringido a um diâmetro inferior a 10 graus;
• B3 – Acuidade visual entre LogMAR 1.4 a 1.0 (inclusive) e/ou campo visual restringido a um diâmetro inferior a 40 graus.

Para obter mais informações sobre a modalidade visite www.uci.ch ou http://www.deaflympics.com/.