modalidades
tricicleta


A Tricicleta (ou RaceRunner) nasceu na Dinamarca nos anos 1990, criada para dar resposta a pessoas com deficiência com dificuldades de equilíbrio dinâmico, cuja funcionalidade não permite a competição nas corridas de atletismo. Nesta modalidade enquadram-se pessoas com deficiência motora de origem neurológica com limitação verificáveis e permanentes ao nível do controlo motor.
É uma modalidade desportiva praticada em pista de atletismo, com benefícios terapêuticos. Modalidade em que os atletas correm com os pés, num equipamento com três rodas e um apoio de peito.
Os atletas têm de ser classificados de acordo com as normas determinadas pela Cerebral Palsy International Sport Recreation Association (CPISRA) em que a competição é mista e as distâncias realizadas nas provas incluem os 100, 200, 400 e 800 metros.

Em Portugal os treinos começaram em 2001 no CRPCCG, com uma tricicleta e 3 atletas. O clube APCL foi o 1º clube a registar os atletas desta modalidade. Em 2007 Portugal participou pela 1ª vez num campeonato internacional na Dinamarca.
Em 2008 realizou-se o 1º Campeonato Nacional em Lisboa com a participação de atletas de 3 clubes APPC, APCL e João Paulo II. Desde então todos os anos se realiza um campeonato nacional a partir do qual se apura a selecção nacional, que no respectivo ano representa Portugal na competição internacional mais importante.
Em 2014 realizou-se o 1º Encontro Nacional de Tricicleta, que se repete anualmente e cumpre o objectivo da realização de uma prova intermédia, de preparação dos atletas e de iniciação de atletas juniores/novos talentos.

A Tricicleta está em fase de reconhecimento a nível internacional pelo Comité Paralimpico Internacional (IPC). Actualmente 13 países têm praticantes de Tricicleta em 3 continentes, Europa, Ásia e América (norte e sul).

sistema de classificação desportiva


Para serem elegíveis para competirem numa prova homologada pela CPISRA os atletas têm de apresentar uma limitação da atividade motora provocada por um dos seguintes tipos de comprometimentos: hipertonia, ataxia ou atetose. Após verificação da elegibilidade para competir, os atletas são agrupados nas seguintes classes:

RR1 – Atletas com severo comprometimento nos membros inferiores e tronco e com os membros superiores moderadamente afetados. Apresentam dificuldades em isolar os movimentos articulares realizados com os membros inferiores, com um fraco controlo da passada. Não realizam um movimento cíclico e simétrico dos membros inferiores durante a marcha.

RR2 – Atletas com moderado comprometimento nos membros superiores e tronco e com comprometimento moderado a severo dos membros inferiores. Apresentam um padrão de passada curto e assimétrico, mas mais eficaz do que RR1. Pode-se verificar nesta classe um ligeiro arrastar dos pés durante a macha, com espasticidade nos membros inferiores de grau 2 ou 3 na escala Australian Spasticity Assessment (ASAS). Esta classe carateriza-se, ainda, pela assimetria, amplitude de movimento limitado e uma fraca coordenação dos membros inferiores e tronco; porém, apresentam um bom controlo dos membros superiores.

RR3 – Atletas com movimentos simétricos ou ligeiramente assimétricos ou com uma boa capacidade de produção de força nos membros inferiores e com uma capacidade de aceleração inicial de corrida eficaz. Atletas com grau de espasticidade grau 1 ou 2 na escala ASAS e com capacidade de mudar de direção e travar. O comprimento da passada é afetado por contraturas ao nível da cintura pélvica.

Para obter mais informações sobre a modalidade visite:

www.pcand.pt

www.boccas.biz

www.facebook.com/ibh.bicicletas/

www.paravidasport.com