modalidades
Taekwondo


O Taekwondo será introduzido nos Jogos Paralímpicos de 2020 em Tóquio. A modalidade iniciou o seu desenvolvimento para atletas com deficiência em 2005, tendo-se realizado em 2009 o primeiro campeonato do mundo, no Azerbaijão.

Este desporto está aberto a atletas com deficiência auditiva, visual, intelectual, motora e com paralisia cerebral, agrupados em várias categorias, conforme o peso e classes, de acordo com a sua funcionalidade. Disputa-se nas variantes Kyorugi (luta combinada) e Poomsae (combinação de execuções alternadas de técnicas de defesa e ataque).

São considerados elegíveis para prática de Taekwondo para pessoas com deficiência, os atletas que apresentem deficiência intelectual ou perda da capacidade de audição ou de visão, ou ao nível motor, um dos seguintes condicionalismos: hipertonia, ataxia, atetose, uma amputação ou uma deficiência congénita num dos membros, uma limitação na amplitude de movimento consequente de contraturas articulares, limitações ao nível da produção de força (espinha bífida ou distrofia muscular), diferença no comprimento dos membros ou, ainda, baixa estatura.

sistema de classificação desportiva


No Taekwondo os atletas estão classificados de acordo com a sua limitação e tipo de competição (Kyorugi ou Poomsae) em que participam:

P31 – Atletas que competem em Poomsae, com diplegia, ou hemiplegia, ou triplegia espática com capacidade de marcha, embora apresentem um padrão de corrida mais fluido do que o de marcha. Com maior funcionalidade nos membros superiores do que inferiores, apresentam dificuldades no equilíbrio;
P32 – Atletas que competem em Poomsae, capazes de andar ou correr, no entanto com movimentos lentos e com dificuldade de manter o equilíbrio estático. A coordenação é comprometida devido à ocorrência de movimentos involuntários e à dificuldade em controlar os músculos posturais;
P33 – Atletas que competem em Poomsae, com um lado mais comprometido que outro. Têm capacidade para andar, embora apresentem dificuldades em andar apenas com os calcanhares. No que diz respeito ao equilíbrio, apresentam muitas dificuldades em manter o equilíbrio quando apoiados apenas no membro inferior afetado. A força no lado afetado também é significativamente menor;
P34 – Atletas que competem em Poomsae, com um dos lados ligeiramente afetado, apresentando maior funcionalidade que a classe P33;
K41 – Atletas que competem em Kyorugi, amputados em ambos os membros superiores ao nível da articulação do cotovelo ou acima da mesma articulação ou com uma diferença entre membros superiores a < 1/3 (0,193 x estatura);
K42 – Atletas que competem em Kyorugi, com uma amputação unilateral acima da articulação do ombro ou onde o membro residual for < 1/3 o cumprimento do úmero do braço não afetado;
K43 – Atletas que competem em Kyorugi, amputados em ambos os membros superiores abaixo da articulação do cotovelo e acima ou ao nível da articulação do pulso. Atletas com malformação nos dois membros superiores, cuja combinação do seu comprimento é < 0,674 x estatura, mas > 0,386 x estatura também se enquadram nesta classe;
K42 – Atletas que competem em Kyorugi, com uma amputação unilateral acima ou ao nível da articulação do pulso. Atletas com malformação num dos membros inferiores, cujo comprimento do membro afetado é igual ou inferior ao comprimento combinado do úmero e rádio não afetados;
P71 – Atletas que competem em Poomsae do sexo feminino com estatura < 125 cm, ou comprimento de braço < a 57 cm, ou a soma da estatura com o comprimento do braço < 173 cm. Atletas que competem em Poomsae do sexo masculino com estatura < 130 cm, ou comprimento de braço < a 59 cm, ou a soma da estatura com o comprimento do braço < 180 cm;
P72 – Atletas que competem em Poomsae do sexo feminino com estatura < 137 cm, ou comprimento de braço < a 63 cm, ou a soma da estatura com o comprimento do braço < 190 cm. Atletas que competem em Poomsae do sexo masculino com estatura < 145 cm, ou comprimento de braço < a 66 cm, ou a soma da estatura com o comprimento do braço < 200 cm;
P11 a P13 – Atletas que competem em Poomsae com deficiência visual:

P11 – Atletas com baixa acuidade visual, sem perceção da luz;
P12 – Atletas com acuidade visual superior a S11 e/ou campo visual restringido a um diâmetro inferior a 5 graus;
P13 – Atletas com acuidade visual superior a S12 e/ou campo visual restringido a um diâmetro inferior a 20 graus;

P20 – Atletas com deficiência intelectual com os seguintes critérios:

• Quociente de Inteligência (QI) igual ou inferior a 75;
• Limitações significativas nos comportamentos adaptativos, expressos em três das seguintes áreas:

o Comunicação
o Independência e cuidados pessoais
o Vida doméstica
o Capacidades sociais
o Autonomia
o Segurança e saúde
o Escolaridade
o Lazer e tempos livres
o Utilização dos meios comunitários
o Trabalho;
• O diagnóstico deve ser efetuado antes dos 18 anos de idade.

KP60 – Atletas que competem em Poomsae e Kyorugi com deficiência auditiva com uma perda de pelo menos 55 db no seu “melhor ouvido”. Próteses auditivas, implantes e similares não podem ser utilizados na competição.

Para obter mais informações sobre a modalidade visite http://www.fptkd.com/ e http://www.worldtaekwondo.org/